Provérbios 29:24
Aquele que é parceiro de um ladrão odeia a sua própria alma; ele ouve maldições, e não o denuncia.
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Você pode dar cobertura a um ladrão e ser inocente? Você acredita que o seu pecado é leve, considerando que não foi você quem roubou alguma coisa? Você é um insensato; você odeia a sua própria alma; e o juízo está a caminho! Deus odeia cúmplices tanto quanto os ladrões. Não engane a si mesmo dizendo que você é inocente. Se você pode denunciar um criminoso ou ajudar a solucionar um crime, é seu dever contar tudo!
Parceria com um ladrão é explicado pela segunda frase. Quando proprietários, magistrados civis, ou outras autoridades o confrontarem com juramentos, você nega que sabe alguma coisa. Você pode não ter dirigido o veículo da fuga, mas você não expôs o ladrão quando questionado. É muito comum crianças e jovens se defrontarem com este momento da verdade!
A palavra “maldições” usada aqui é um juramento feito para contar a verdade (Nm 5:21; Jz 17:2). Nos Estados Unidos, testemunhas na justiça, com frequência levantam a mão direita para Deus, e a sua mão esquerda sobre a Bíblia ouvem, “Você jura dizer a verdade, toda a verdade e nada mais do que a verdade, que Deus assim o ajude?” Isto é ouvir a maldição de um governante, que deveria motivar testemunhas a dizerem a verdade!
Tal juramento, ao apelar ao Deus Onipotente, a mais alta autoridade no universo, é a intenção de por fim a qualquer consideração ou possibilidade de mentira (Hb 6:16). Moisés ordenou esse tipo de juramento para se chegar ao fundo da questão, incluindo o roubo (Êx 22:8-15; Dt 21:1-9; IRs 8:31-32; 22:16). É um procedimento sábio, e traz consigo um julgamento adicional sobre mentirosos.
E se uma alma pecar, e ouvir a voz do juramento, e é uma testemunha, tenha ele visto ou tomado conhecimento do fato; se ele não se pronunciar, então ele arcará com a sua iniquidade (Lv 5:1). O que significa expor? Expor uma questão significa revelá-la – divulgar, declarar ou fazer conhecida.
Considere o uso desta palavra pelo Espírito Santo. Uma mulher desagradável não pode ser escondida, pois ela será denunciada – revelada, declarada ou mostrada – aquilo que ela é, tão certo quanto o perfume é sentido quando você passa perto de uma pessoa que o está usando (Pv 27:16). Todos saberão que ela é um exemplo deplorável do seu sexo, e que o seu marido deve ser objeto de pena pela sua terrível situação. E a maneira de falar de Pedro denunciou – revelou e declarou – que ele era da Galiléia (Mt 26:73).
Se um autoridade lhe perguntar, sob juramento, a respeito de um roubo, e você não denunciar o criminoso, você é culpado de dois crimes (Êx 20:15-16). Você deve temer a Deus mais do que a qualquer homem (Pv 29:25), obstruir a justiça é um grande pecado; (Êx 23:1-7; Dt 29:15-21) E tal denuncia à autoridade não é fuxicar nem fofocar (ITm 5:13; ICo 1:11).
Você provavelmente nunca será chamado para testemunhar na justiça um caso relacionado com roubo. Mas outras situações exigem que você diga a verdade e revele o mau feito por conhecidos ou por seus pares. Pais confrontam e questionam crianças, professores e diretores fazem isso com alunos, e empregadores fazem isto também com seus empregados. Eles precisam de informações para punir os maus elementos. Você vai se lembrar deste provérbio e denunciar um filho, um colega da escola, ou um companheiro de trabalho? Considere as consequências. Se você der cobertura a um crime, você precisa odiar a si mesmo, porque o juízo de Deus está a caminho.
O Senhor Jesus Cristo manteve silêncio absoluto durante o seu longo e fraudulento julgamento, tanto que Pilatos se maravilhou do fato (Mc 15:5; Is 53:7). Mas quando foi jurado pelo sumo sacerdote para dizer a verdade, Ele respondeu direta e honestamente (Mt 26:63-64). Em seguida Ele deu ao sumo sacerdote e aos outros líderes um aviso solene a respeito do terrível julgamento que Ele traria sobre eles!