Provérbios 24:11

Livra os que estão sendo levados para a morte, e os que estão prestes a serem mortos, a esses detém.

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Você não pode se esconder do cumprimento do dever. Você é o zelador do seu próximo. Deus espera que você ajude e proteja àqueles que estão em perigo mortal injustificado, tendo você o poder de livrá-los.

Para apreciar o aviso aqui contido o provérbio continua, “Se disseres: Eis que o não sabemos; porventura, aquele que pondera os corações não o considerará? E aquele que atenta para a tua alma não o saberá? Não pagará ele ao homem conforme a sua obra?” (Pv 24:12).

A questão aqui é morte. Salomão claramente indicou perigo mortal. Aqueles necessitados de ajuda são descritos como sendo “destinados à morte” e prontos para serem “levados para a matança”. Você não está obrigado a se envolver em cada pequena controvérsia, mas o risco de morte exige o seu envolvimento.

A presunção aqui é a morte injusta. Não há nenhum dever de socorrer aqueles que estão justamente sentenciados aqui com a pena capital. Tirar a vida por crimes capitais realizados é parte da verdadeira justiça (Pv 28:17; Gn 9:6; Nm 35:31). A ajuda prevista em nosso provérbio é só para aqueles que estão diante da morte e não a merecem.

O aviso se aplica a governos civis, o que quase sempre está na mente de Salomão, considerando que ele escreveu em benefício do seu filho, o próximo rei de Israel (Pv 1:8; 24:13; 27:11). O dever deles diante de Deus é o de proteger aqueles que não podem se defender (Pv 31:8-9; 20:28; 29:14).

Mas isto também se aplica a você, se você puder salvar as vidas daqueles que injustamente estão sendo ameaçados de morte. Se o adversário é o governo, você precisa conhecer a justiça da questão e ser sábio no uso dos meios que você dispõe. Os exemplos abaixo devem lhe ajudar na sua escolha.

A Bíblia ensina o Bom Samaritano (Lc 10:30:37). Mas você deve também considerar a Rubens (Gn 37:21-22), Judá (Gn 37:26-27), as parteiras hebréias no Egito (Êx 1:16-17), Jônatas (ISm 19:4-6; 20:26-34), Husai (IISm 17:7-14), Obadias (IRs 18:4), Ester (Et 8:4-8), Jó (Jó 29:12-17), Aicão (Jr 26:24), Ebede-Meleque (Jr 38:7-13), Joanã (Jr 40:13-16), Daniel (Dn 2:12-18), e o sobrinho de Paulo (At 23:16-19).

Se você tivesse vivido na Alemanha durante a II Guerra Mundial, você bem que poderia ter tido a oportunidade de salvar um judeu da morte. Chegar a uma conclusão correta num caso como este não encontraria dificuldade diante deste provérbio e os exemplos dados gravados em sua mente.

Considerando que crianças em geração são levadas à morte e abatidas em clínicas de aborto, você deve intervir contra a lei para livrá-los? De que maneira você poderia salvá-los, considerando que são as mães deles que os levou lá? Você teria que mata-la para salvar o filho dela, o que também resultaria na morte da criança. Em casos impossíveis e profanos, confie no Deus vivo.

Abortos e infanticida não é novidade. Eles ocorreram em Roma, e os apóstolos não clamaram por demonstrações ou intervenções. Se você conseguisse interromper o assassinato de uma criança em gestação ou uma criança viva em um local, a mãe assassina tiraria a sua vida em outro local. Quando você não pode ajudar, existe um Deus que vê cada mãe e cada criança. E lembrem-se, estes crimes podem refletir o seu afastamento e juízo (Ez 20:22-26; Rm 1:18-32).

Voltando às suas obrigações, a lição e aviso é para aquelas situações onde você pode, claramente, fazer alguma coisa para salvar uma alma inocente da morte. Deus ouve cada desculpa vê cada motivo do coração, e Ele certamente retribuirá qualquer pessoa que poderia ter ajudado pela cumplicidade deles na morte do inocente (Provérbio 24:12; Ec 5:8).