Provérbios 14:4
Onde não há bois, o estábulo é limpo, mas pela força do boi há muito crescimento.
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Adam Smith escreveu o livro “A Riqueza das Nações” em 1776; e economias, investimentos, capital, meios de produção, ativos geradores de receita, e distribuição do trabalho era pouco entendido naquela época. Mas o Pregador ensinou estas coisas em 920 a.C., ou quase três mil anos antes de Adam Smith! Dê a glória a Deus! Ame as escrituras! Ame o livro de Provérbios!
Os bois são grandes animais bovinos criados por Deus para prestarem serviço ao homem. Hoje, quando domesticados, nós os chamamos de gado; e especificamente, eles são touros castrados que atingiram a plena maturidade e força (touros não se submetem bem ao tratamento, cangas e aração)! Eles podem facilmente pesar uma tonelada e terem enorme força de tração.
Uma manjedoura é um equipamento com barras verticais onde são armazenados milho e outros produtos em grão para a alimentação do gado e de outros animais de fazenda. Do uso desse equipamento é que adaptamos a palavra “crib” em inglês se referindo ao berço de bebês, que tem uma aparência semelhante à de uma manjedoura. A manjedoura do gado é onde colocaram o nosso Senhor e Salvador após o seu nascimento (Lc 2:7).
Se um fazendeiro ara, cultiva e colhe manualmente, ele só tem a força e a resistência de trabalhar uma área muito pequena do solo. Sua família mal consegue sobreviver. E ele nunca vai para frente. A manjedoura para a estocagem do milho ou outros produtos estará limpo – vazio, porque ele e a sua família teriam comido tudo que ele plantou e colheu. As nações do mundo de hoje que ainda dependem do trabalho manual são tão pobres quanto o eram há 4000 anos atrás.
Mas, se o fazendeiro consegue se apertar e economizar o suficiente para adquirir um boi, ele terá investido em um meio de produção muito maior. O boi forte pode arrastar um arado dentro da terra durante muitas horas do dia (IRs 19:19). Muitas hectares podem ser lavradas.
O boi pode esmagar um milho cru e separá-lo de sua haste para o comer (Dt 25:4), e ele pode puxar uma pedra de moinho com mais eficiência do que Sansão (Jz 16:21). O boi pode puxar um ”carro de boi” carregado até o mercado (Nm 7:3). O fazendeiro agora produz muito mais do que ele necessita para comer e aumenta a sua riqueza e a sua fazenda. Essa grande mudança da sorte veio com economias e investimentos.
Economias e investimentos são pilares do capitalismo econômico. Para comprar um boi, o fazendeiro nega a si mesmo os prazeres a curto prazo para acumular os fundos necessários: isto se chama de investimento. Ele também precisa gastar este investimento para adquirir um boi que come muito alimento a cada dia e exige uma manutenção cara; isto é investimento. Ao economizar parte de sua própria produção, o fazendeiro gerou capital; ao investi-lo em meios melhores de produção, ele converteu o seu capital em rendimento produtivo. Capital assim investido trará muita riqueza que, por sua vez, gera mais capital e investimentos, o que leva a maiores riquezas, ainda. Grande parte desse aumento se deu pela força do boi!
Considere a sabedoria de nosso provérbio de hoje. O boi come bastante milho e outros produtos, mas se a fazenda não tem boi, não há nada na manjedoura. Fazendeiros com bois, mesmo comendo muito milho, tem um grande aumento líquido na produção de milho. Sobra muito milho para vender e comprar bens de luxo com que jamais sonhariam se tivessem continuado a trabalhar a sua terra manualmente. Deus criou meios de produção que utilizados sabiamente produzirá muito mais do que eles consomem. Obrigado, Senhor. E Deus tem dado a sabedoria para assim agir. Obrigado Senhor.
Tanto o boi como a sabedoria em usar o boi vem do Senhor dos exércitos. De fato, até mesmo o conhecimento sobre como plantar, colher e processar vem do Senhor (Is 28:23-29). Temos aqui a sabedoria econômica, e Salomão ensinou isto há três mil anos atrás! Mas ainda há continentes, sociedades e nações inteiras que não aprenderam estas simples lições. Eles ainda dependem do trabalho manual, não entendem o que é economizar, não realizam investimentos e ignoram os meios de produção que estão disponíveis. Eles catam frutas e castanhas, caçam animais selvagens, vestem peles e vivem em choças ou tendas. Não mudaram os seus hábitos em milhares de anos.
Os Estados Unidos e outras nações que conhecem estes princípios de sabedoria gozam das maiores riquezas e prosperidades. Desfrutam de uma vida de luxo e lazer maior que outras sociedades na história. E categorizamos essas outras nações como sendo países do segundo ou do terceiro mundo, baseado na ignorância deles e na falta de uso destes simples princípios econômicos.
Quando o homem vê o benefício de economizar e investir em um boi, ele se torna consciente de outras possibilidades, é por isso que temos outras invenções geniais, que são uma bênção adicional de Deus sobre aqueles que o temem (Pv 8:12). Eles inventam arados, semeadores, colhedores, dispositivos debulhadores e tratores! Eles inventam moto serras, colheitadeiras, geradores de energia, correias transportadoras, máquinas de lavar, máquinas de escrever, aspiradores de pó, fornos de micro-ondas e computadores!
Você gostaria de ser um madeireiro com um machado ou com uma moto serra? Você gostaria de fatiar uma carne no setor de frios do supermercado com uma faca ou como um cortador de frios? Você gostaria de ser um contabilista com um ábaco ou com um computador? Você gostaria de descarregar um caminhão com uma empilhadeira ou no braço? Você gostaria de aceitar uma tarefa de montar um carro manualmente ou de fabricá-lo numa linha de montagem?
Bem, vamos resumir e abençoar o Senhor! O boi, a sabedoria econômica para o uso do boi, a sabedoria agrícola e as invenções geniais são todas proporcionadas pelo Senhor! Dê a glória a Deus!
Você está economizando e investindo sabiamente como deveria? Você está obedecendo este provérbio na sua própria vida? Você tem algum meio de produção? Você possui bens geradores de receitas? Você está acumulando fundos – capitais – para investir em tais coisas?
Paulo aplica o cuidado com os bois a ministros. Assim, vamos considerar como o nosso provérbio os trata (ICo 9:6-14; ITm 5:17-18). Uma igreja sem pastor terá pouco crescimento espiritual, pois a força do boi espiritual dado por Deus está faltando. Mas onde há um pastor trabalhando, a igreja será beneficiada pelos meios incrementais ordenados por Deus. Um ministro que trabalha muito pode ser bem proveitoso – e esse é o seu chamado (ITm 4:13-16).
E quanto mais ele trabalha, ele deve ser alimentado ainda mais (ITm 5:17-18).
Você está cuidando do seu boi – o zelador da sua alma? Você ora por ele diariamente?
Mais ainda, é o dever espiritual dos santos de Deus buscar a pureza de suas igrejas, pois as bênçãos espirituais e carnais são concedidas pelo favor Dele (Sl 144:9-15). Até os meios naturais de produção são bênçãos dadas por Ele. Tanto os bois fortes e saudáveis quanto os depósitos cheios de alimento são doados pela divina misericórdia (Sl 144:13-14). E é um povo realmente feliz que tem honrado o Senhor com vidas santas para atrair estas grandes bênçãos! Feliz aquele povo cujo Deus é o SENHOR (Sl 144:15)!