Provérbios 16:12

É abominação aos reis cometerem perversidade, porque o trono é estabelecido pela justiça.

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A fama, a fortuna e o futuro de um governo civil dependem de justiça. A autoridade governamental sobre as nações foi ordenada por Deus, e Ele deu instruções inspiradas a respeito de um rei sábio e próspero (Pv 1:1; Ec 1:1,12-18; Rm 13:1-7; IPe 2:13-17).

A ciência política da Bíblia dá as regras para um governo ideal – sendo uma das regras que os líderes devem odiar o pecado (Pv 16:10). O poder de governo é confirmado e fortalecido pela justiça.

Um rei, ou qualquer governante, deve ser justo para ser digno da sua função e capaz de exercer os seus deveres com retidão (Êx 18:21). O povo de uma nação se submeterá e apoiará um governante que ganhe o respeito deles pela justiça. E pagarão os impostos do mesmo!

Eles desprezarão e eventualmente se revoltarão contra um governante que comete maldade. Salomão advertiu o seu filho a respeito do caráter virtuoso que os governantes necessitam para preservar a autoridade e a função deles.

O provérbio não é descritivo, pois a maioria dos governantes civis não é justa. Salomão não observou que a maioria dos reis era virtuosa. O provérbio é didático ou normativo, determinando o padrão ideal de um grande governo (Pv 20:28; 25:5; 29:4,14). O que Salomão sabia era que a legitimidade e a duração da autoridade dependiam, em grande parte, de um caráter piedoso.

Um governante nobre e fiel, agindo com justiça e sabedoria no interesse do seu povo, será admirado e amado. Seu trono, ou a sua função e a sua autoridade correspondente, estarão seguros por causa da lealdade e o respeito que os seus cidadãos têm por ele. Uma liderança justa de qualquer tipo é uma coisa gloriosa. Seus subordinados obedecerão as suas decisões alegremente, porque eles confiam na sua integridade.

Mas, além disso, um governante nobre e fiel terá Deus garantindo o seu trono. Deus suscita governante e Ele também o abate (Sl 75:7; Dn 2:21).

Aquele que é o mais alto tem grande interesse e consideração com a conduta dos governantes (Ec 5:8; Tg 3:1). Ele abençoará um governante justo com sabedoria e proteção, mas ele destruirá um governante perverso.

Salomão e Roboão violaram esta regra e perderam grande parte do reino deles. Salomão tinha 700 mulheres e 300 concubinas, vivia extravagantemente, e aplicava pesados impostos sobre a nação. Quando a nação pediu ao seu filho por alivio, ele tolamente consultou os seus amigos tolos, o que lhe custou a perda de 10 das 12 tribos de Israel. Seu trono não foi estabelecido, porque ele não abominou a perversidade.

O provérbio se aplica a toda autoridade. Um marido, pai, empregador ou pastor manterão a autoridade funcional da sua função enquanto for justo. Qualquer líder deverá se humilhar diante desta regra inspirada, pois a eficácia e a duração de sua autoridade e influencia depende do quanto ele odeia o pecado, especialmente o seu próprio.