Provérbios 6:31

mas se for achado, restaurará o tanto sete vezes; dará todos os bens da sua casa.

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Roubar é um crime, mesmo que seja para obter comida quando se está faminto. Um homem pode pedir ou emprestar um alimento se ele tiver uma emergência. Apesar dos homens não desprezarem um ladrão por ele estar roubando por fome, eles o punirão pela letra da lei por violar os direitos de outro (Pv 6:30). Se ele era orgulhoso demais para pedir ou emprestar, ele será rebaixado à servidão para restaurar bens roubados e uma compensação justa ao proprietário de direito.

Este provérbio de hoje faz parte da condenação de Salomão ao adultério, pois não há nenhuma justificativa para esse crime desprezível (Pv 6:27-35). Os homens entendem o roubo quando se está com fome, mas assim mesmo eles exigirão a completa reposição. Mas o adultério não pode ser entendido. Ele não pode ser desfeito mediante o pagamento de qualquer valor, e os homens não entendem tal ato criminoso, pois ele viola a posse mais íntima do homem sem qualquer possibilidade de restauração.

Os homens das cavernas nem mesmo sonhavam com os direitos de propriedade ou da proteção da propriedade. O SENHOR Jeová de Israel decretou a lei escrevendo-a na pedra. “Não furtarás.” (Êx 20:15; Dt 5:19). Quando descobertos os ladrões tinham que devolver os bens roubados e uma compensação na proporção de duas a sete vezes o valor do roubo (Êx 22:1-15). Se o ladrão não pudesse pagar, ele era vendido à escravidão para quitar seus débitos. Por causa disso é que havia as prisões para devedores.

Até onde as leis de Deus protegiam os direitos de propriedade? Se você encontrasse um ladrão em sua casa, você teria o direito de usar uma forma letal para matá-lo. O abençoado Deus entendia o valor da segurança noturna e injeção de adrenalina face à invasão de um ladrão em sua casa. Entretanto, se você encontrasse o ladrão vendendo os seus bens no dia seguinte no mercado das pulgas, você não poderia executar uma vingança física sobre ele. Ele apenas teria que devolver os seus bens (Êx 22:2-3).

Tal restituição reduziria as prisões de uma nação. Se o ladrão não puder pagar, venda-o como escravo no setor privado. Ladrões não pagariam sua dívida à sociedade vivendo em ambientes protegidos, comendo três refeições por dia, tendo roupa própria e jogando baralho. Rapidamente eles aprenderiam o valor da propriedade e da liberdade sem nenhum custo ao contribuinte.

O direito à propriedade não é uma ideia do capitalismo. Ele é a vontade de Deus. Ele protege as suas posses de outros, que por inveja ou ambição cobiçam a propriedade dos outros. Se você sabe disso, tome o cuidado de proteger a propriedade dos outros até mais do que as suas próprias (Gn 31:39).

Caro leitor, você entende que o adultério é muito pior que o roubo, pois o dano não pode ser restaurado, e a perda é muito maior? Assim Deus exige a punição capital por um pecado que hoje em dia é valorizado e protegido (Lv 20:10; Dt 22:22-24; Jó 31:9-12; Hb 13:4).