Provérbios 23:5

Porás tu os teus olhos sobre aquilo que não é? Porque certamente as riquezas fazem asas para si; como a águia que voa em direção ao céu.

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Tendo condenado a tolice da busca pela riqueza (Pv 23:4), o Pregador dá uma razão inclusive para não ir à busca desse objetivo tolo. Jovens e velhos considerem isto e sejam sábios. Por que razão o homem gastará a sua vida tentando captar algo que é só uma ilusão? A natureza humana, as leis da economia e o juízo de Deus, certamente tirarão rapidamente as riquezas.

Pare por um momento. Se aplicarmos literalmente os métodos de alguns, o que é que temos? Arrancaremos os nossos olhos e os colocaremos sobre nada, considerando que o dinheiro da nossa nação está “criando penas” e voando rápida e poderosamente ao seio de Abraão! Seja Deus verdadeiro!

Se examinar o provérbio, a tola ganância do homem por sua independência financeira é vista. Salomão avisou a respeito de olhar às mulheres e o vinho (Pv 6:25; Pv 23:31), e agora somos avisado a respeito da cobiça pecaminosa pela riqueza. A maioria das riquezas nunca é adquirida. Elas são vistas, desejadas, perseguidas, esperadas e até mesmo contadas; mas tão rápido quanto aparecem, elas desaparecem. A única “coisa certa” nesta vida é a nossa lição – as riquezas são uma mentira ilusória e fatal!

Trabalhar duro a vida inteira para poder enriquecer é uma perda de tempo, como aprendeu o tolo rico (Lc 12:16-21), quando ele ouviu a voz, não a do Pai Tempo das fábulas, mas sim a do grande e terrível Deus, Quem diz, “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lc 12:20) Leitor, tema aquele que tem o poder de lançar o seu corpo e a sua alma no inferno. Sim, eu lhe afirmo, “Teme a Ele”(Lc 12:4-5).

Você não pode levar as suas riquezas com você (Jó 1:21; ITm 6:7); e muitas coisas as tirará de você, como poderemos aprender. Você chegou nu e indefeso, e você irá embora do mesmo jeito. O Juiz que lhe espera não é movido pelo tamanho do sucesso ou da riqueza adquirida aqui. Somente a piedade com o contentamento é grande, com uma grande promessa (ITm 6:6,4:8)!

A simples idéia de viver para enriquecer é tão ridícula que Deus simplesmente a chama de mentira! Ele afirma que homens de classe inferior são claramente imprestáveis, mas Ele diz que homens bem sucedidos de alta classe, é uma mentira (Sl 62:9)! Se pusermos os dois grupos na balança, são mais leves do que nada!

Além da morte que nos deixa absolutamente nus e destituídos, de que outras maneiras as riquezas voam como uma águia e desaparecem?

Nos Estados Unidos o homem do imposto vem! Quanto mais você ganha, o nosso imposto de renda socialista, progressiva toma um percentual maior. É tolice punir aquele que é bem sucedido? É claro! Mas isso não altera o fato. César deseja uma grande parcela da sua receita total.

Nos Estados Unidos, um segundo homem vem! Poucos veem este homem, mesmo tendo ouvido a respeito dele. A inflação, o aumento do fornecimento de dinheiro de nossa nação pelo “Federal Reserve”, silencioso e eficientemente tira outro pedaço dos seus bens para financiar os gastos do nosso déficit.

A tendência de consumir é uma lei econômica que afirma que os gastos aumentam tão rápido quando as receitas (Ec 5:11). Você quer mostrar e desfrutar da sua riqueza, assim você assume os hábitos dos ricos (Pv 21:17,20; 6:9-11; Lc 15:12-16). Apesar dos ricos reclamarem a respeito do alto custo de vida, na realidade é o custo dp alto viver. Quando você ganha mais, você gasta mais; assim sobra pra você aquilo que você já tinha antes! Mas você tem o privilégio de contar o que entra e o que sai! Que vaidade!

As riquezas trazem o orgulho que enganam os homens, que os leva a decisões de negócios e investimentos tolos que lhes tirará mais daquilo que aumenta (10:15; 18:11; 26:12; 28:11,19). Um pouco de sucesso é perigoso, pois gera excesso de confiança, e que conduzirá a uma queda dolorosa (Pv 16:18; 18:12).

Sobrando alguma coisa depois dos impostos, inflação, alto nível de vida e idéias vãs, o homem rico entrega o seu dinheiro a banqueiros de investimento, esperando ganhar aquilo que havia perdido. Entretanto eles expõem os seus fundos declinantes aos caprichos e excentricidades de vários mercados cruéis que mexem e incineram seus ativos até que os tenham confiscado por taxas de administração e/ou de transação!

Você também não pode se esquecer daqueles filhos e netos que ficarão com sua herança, legal ou ilegalmente, enquanto você estiver vivo ou não e a desperdiçarão pela tolice pelo menos com tanta rapidez quanto você a adquire por sabedoria (Ec 2:18-21)! A vida parece boa, não é, homem rico?

Competindo com aqueles parentes gananciosos estão dois sanguessugas que se chamam de amigos, mas um dia eles se irão antes que acabe o seu dinheiro (Pv 14:20; 19:4-7). Veja os comentário a respeito da sanguessuga e das suas duas filhas em Provérbios 30:15.

Não podemos nos esquecer do aviso do Senhor a respeito de qualquer tesouro na terra, e isso se aplica literalmente ou figurativamente a todos os investimentos, que são consumidos pelos ladrões, pela traça e pela ferrugem (Mt 6:19).

Caro leitor, as riquezas não são pecado; o pecado é o tolo desejo de tê-las. Deus condena o amor ao dinheiro, não o dinheiro em si (ITm 6:9-10,17-19). Se as riquezas aumentam pela benção de Deus, não coloque o seu coração nelas (Sl 62:10). Use-as com sabedoria (Ef 4:28).

Agur, o homem sábio, nos diz que devemos orar contra a pobreza e contra a riqueza (Pv 30:7-9). As duas situações são perigosas. Houve homens ricos piedosos como Jó, Abraão, Davi e mais alguns poucos. Pois o Salvador ensinou que um camelo pode se espremer através do olho da agulha com mais facilidade do que um homem rico entrar no reino de Deus (Mt 19:23-26).

Caro leitor, coloque os seus olhos nas riquezas de Cristo (Cl 2:1-3), nas riquezas da plenitude de Deus (Ef 3:16-19), nas riquezas da Sua graça (Ef 2:7), nas riquezas da Sua palavra (Sl 19:10), e nas riquezas da sua eterna herança (Ef 1:18).

Faça a troca que Moisés fez, e que o Senhor possa honrar tão altamente a sua fé – escolha as riquezas de Cristo, acima das riquezas do Egito (Hb 11:24-26). Estas riquezas espirituais jamais alçarão voo, e lhe trarão grande paz e prazer agora, ao invés de vaidade e tribulação de espírito!