Provérbios 18:5

Não é bom aceitar a pessoa do perverso para derrubar o justo em juízo.

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Personalidades, relacionamentos ou presentes devem ser ignorados quando estiver julgando (Pv 17:15; 24:23; 28:21). Salomão deu a seu filho uma regra valiosa para poder reinar justamente – ele tinha que ignorar as pessoas envolvidas na controvérsia para poder julgar com retidão. É uma vergonha que muitos permitem personalidades ou relacionamentos afetarem as suas decisões, os seus padrões e os seus julgamentos. A verdadeira justiça e sabedoria ignoram tudo exceto aquilo que está sendo considerado à luz das palavras infalíveis de Deus.

A lição é fundamental para aqueles que estão em posição de autoridade (IISm 23:3). Justiça deve ser aplicada com eqüidade e retidão, de forma a manter a integridade do governante e o seu cargo. Se um homem faz justiça em sua casa, um empregador em seu negócio, um líder no governo ou um pastor em sua igreja, o único critério para a decisão deveria ser, “Assim diz o Senhor”. Não se pode permitir que outras influências e fatores interfiram no processo.

Moisés também ensinou a lição a Israel (Êx 23:2; Lv 19:15; Dt 1:16-17; 16:19). Assim fez também Josafá (IICr 19:7). Nem ricos e nem pobres poderiam ser protegidos. Grandes homens não deveriam ser favorecidos. Homens que intimidam não deveriam ser temidos. Subornos deveriam ser rejeitados. A opinião pública deveria ser rejeitada. As leis de Deus deveriam ser aplicadas com retidão, sem fatores estranhos que afetem a decisão. Israel falhou com frequência nos seus deveres (Mq 7:3).

A história e a realidade provam que muitos se comprometerão por pouca coisa. Pilatos crucificou o Senhor da glória apesar do seu melhor juízo e o da sua esposa porque ele queria a paz com os judeus e com César. Políticos modernos prometem qualquer coisa que agrade a multidão presente e com isso obter os votos necessários. Apenas alguns eleitores intimidaram vários deles para legitimar os “casamentos” de sodomitas. Eles são servos dos caprichos da opinião pública.

A opinião popular é irrelevante e acompanhar a maioria é um erro (Êx 23:2; 32:21-24; ISm 15:24). Mesmo assim os políticos modernos vivem de pesquisas, até mesmo de estudantes – a camada mais tola da sociedade, de forma a agradar a multidão. Democracia é insanidade! Líderes deveriam escolher a justiça, a verdade e a sabedoria para si mesmos! Quando é que a maioria – o menor denominador comum da humanidade – jamais escolheu a justiça acima dos seus ventres, temores ou superstições?

Deus não respeita as pessoas e você também não deveria (Jó 34:19; Sl 82:1-5). O respeito por pessoas é o comprometimento decorrente de afeição, preferência, relacionamento ou benefícios de um partido. Somente as Escrituras deveriam determinar o que é correto em suas ações e decisões (Sl 119:128). Paulo recomendou a Timóteo para exercer o seu ministério sem preferências pessoais ou parcialidade (ITm 5:21). Até mesmo os membros da igreja não podem demonstrar preferências com os visitantes (Tg 2:1-13).

Um grande objetivo para um cristão é o de ter uma reputação de ser absolutamente justo. Isto significa que ele sempre escolhe a justiça, ignorando personalidades ou relacionamentos. Esta justiça deve ser praticada em casa com as crianças, no trabalho com os colegas ou subordinados, nos negócios da igreja e na hospitalidade e em todas as suas tratativas com terceiros. Mesmo tendo muitos inimigos, eles devem saber que você os tem tratado e os tratará com justiça. Os seus filhos conseguem chegar a você, mesmo quando errarem, sabendo que você será perfeitamente justo?

Se um homem permite personalidades ou relacionamentos afetarem seu julgamento ele não tem caráter ou integridade. Ele corromperia a justiça por um pedaço de pão (Pv 28:21)! Não importa a desculpa, ele é uma abominação para com Deus, uma ofensa à justiça, uma ameaça à sociedade, uma mancha na autoridade, um impedimento para a santidade, um promotor do pecado e um cúmplice com o diabo! Ele não tem nenhum direito a qualquer posição de influência, poder ou respeito. Os homens bons deveriam desprezá-lo (Sl 15:4).

Como está você nesta questão de respeitar as pessoas? Você odeia passionalmente a idéia em si de corromper a justiça e o julgamento por sentimentos pessoais ou benefícios? Você está totalmente comprometido a pensar certo, falar certo e fazer o certo não importam quem são as pessoas envolvidas na controvérsia? Como está a sua reputação por justiça e imparcialidade? Ela é perfeita e digna de nota diante de Deus e dos homens (ISm 18:28-30)? Qualquer coisa inferior a este critério cheira mal (Ec 10:1)!

Leitor, você brevemente estará face a face com Cristo. Você pode ter influenciado e manipulado outros fracotes como você durante a sua vida. Mas Deus ordenou a Ele que julgasse o mundo com justiça naquele dia que rapidamente se aproxima (At 17:29-31). Seu julgamento será com pura eqüidade e justiça; a sentença Dele será absoluta e final. Você não conseguirá O abalar de forma alguma com lágrimas, desculpas, ameaças, comparações ou rogos. Humilhe-se diante d”Ele e suplique por misericórdia antes que seja tarde demais!