Provérbios 18:3

Quando vier o perverso, vem também o desprezo, e com a ignomínia a vergonha.

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Pecadores atraem desprezo! Se o lar, a igreja ou a nação aceita uma pessoa má, o desprezo do lar, da igreja ou da nação virá a seguir. Ignominia – desonra e vergonha – traz a reprovação! Se a conduta infame ou vergonhosa não for repudiada, a repreensão virá logo a seguir. A cura para o desprezo e a reprovação está em se livrar de pecadores. Veja os comentários de Provérbios 14:34.

Este provérbio não é o mais simples de ser entendido. Muitos entendem o desprezo e a reprovação como sendo a ação de pessoas más contra os homens de bem. Do ponto de vista deles, a pessoa má traz os seus insultos desdenhosos e a reprovação ignominiosa contra os homens de bem e as práticas justas. Mas quando Salomão quis advertir contra o desprezo e a reprovação de zombadores, ele o fez claramente (Pv 9:7-8). Assim, há uma interpretação melhor no provérbio em questão.

Quando uma pessoa má chega, o desprezo vem junto, porque o desprezo é o resultado e a consequência da permissibilidade da maldade. Os homens desprezarão a presença de uma pessoa má. Quando a ignomínia – desonra e desgraça – ocorre, a reprovação também virá, porque a reprovação é a consequência e o resultado consequente de se admitir tal conduta. Ignomínia, ou uma situação vergonhosa, não está reprovando, mas está sendo a causa da reprovação propriamente dita.

Israel era a glória de todas as nações, quando obedecia as leis santas e justas de Deus (Dt 4:6; IRs 10:6-9; Zc 8:23; Ml 3:12). Mas Deus prometeu que eles se tornariam um sinônimo de desprezo e de reprovação se permitissem o pecado na nação (Dt 28:37; 29:22-28; IRs 9:6-9; Sl 44:13-14; Is 52:5; Jr 24:9; Lm 2:15-16; Jl 2:17; Rm 2:24).

Sabedoria e justiça traz glória e honra aos homens e nações (Pv 1:9; 3:16,22,35; 4:8-9; 128:12-21; 16:31; 21:21; 22:4) Mas a tolice e a maldade trazem desprezo, reprovação e vergonha (Pv 3:35; 11:2; 13:5,18; 24:9; 25:8-10; 28:12) Homens piedosos desprezam os homens vís (Sl 15:4), e Deus os despreza também (Pv 3:32; 11:20; 15:26; Sl 18:25-27).

Uma mulher graciosa, que sempre fala e age com graça e sabedoria é perpetuamente honrada, pois não há nada que polua o seu aroma agradável (Pv 11:16; Ec 10:1). Mas a mulher desprezível é desdenhosamente odiada e reprovada por todos, pois o seu falar descontrolado e as suas ações não podem ser ocultas (Pv 11:22; 27:15-16; 30:21-23)

Paulo repreendeu severamente a igreja em Corinto por protegerem um fornicador (ICo 5:1-13). Eles deveriam ter chorado e eliminado esta reprovação no nome de Jesus Cristo, pois a maldade não deveria ser nomeada uma única vez entre os santos (Ef 5:3-7). A igreja ou a nação que será honrada e próspera é aquela que estiver livre dos malfeitores (Sl 144:9-15).

Salomão foi um rei e ele preparou o seu filho para ser um bom rei. Se a existência de homens maus ou da ignomínia fosse permitida existir no governo ou na sociedade, trariam desprezo e reprovação sobre a nação (Pv 14:35; 20:8; 26:28; 29:12). Ele queria escolher para Israel a honra e a glória que acompanha a justiça e a sabedorias (Pv 14:28; 16:10,12; 25:5; 29:4,14)

A lição a ser extraída do provérbio em questão é esta: a má conduta traz desprezo e reprovação sobre o nome de Deus e da religião e, por isso, os praticantes do mal e da malvadeza devem ser repudiados e rejeitados. Se isto não for realizado nos lares, igrejas e nações, o nome e a doutrina de Deus será blasfemada (IISm 12:14; Ne 5:9; ITm 5:14; 6:1; Tt 2:5,8,10; IPe 2:12; 4:14-16).

Seja no lar, na igreja ou na nação, os homens maus e a conduta deplorável devem ser identificados e evitados (Sl 101:3-8; 139:21-22; Rm 13:1-7; 16:17-18; Ef 5:11; IITs 3:6; ITm 6:5; IITm 3:5; Tt 3:10-11). Que Jesus Cristo seja louvado! Amém.