Provérbios 13:23

Muita comida está na lavoura do pobre, mas há o que é destruído por falta de juízo.

Play Audio:

 

O trabalho duro traz resultados, mas o resultado pode facilmente ser perdido por decisões tolas. Os pobres frequentemente trabalham duro na lavoura, com muito aumento gerado pelo Criador. O trabalho concentrado numa pequena porção de terra gera bons resultados para a mesa deles. Mas outros, com maior vantagem às vezes desperdiçam grandes ganhos seguindo esquemas temerários que põe tudo a perder.

Lavrar é o arar e cultivar a terra para produzir uma safra. A agricultura foi a primeira profissão na terra, e é um bom trabalho. Dependendo diretamente da benção de Deus, as sementes são colocadas na terra para o Seu desenvolvimento. E como Ele dá desenvolvimento!

O retorno médio do trigo é de 200 vezes! Uma semente plantada resulta em 200 sementes novas! Um saco de sementes plantado resulta em 200 novas sacas! O retorno médio de uma plantação de milho é de 800 vezes! O retorno médio de arroz é de 2000! Há muito alimento na lavoura para o pobre!

A falta de juízo é a falta de bom senso. É uma vulnerabilidade às idéias que não funcionarão. É ouvir pessoas vãs e seus esquemas. É uma falta de discrição e de administração prudente. São decisões precipitadas, escolhas ruins, falta de visão e presunções arriscadas. É acreditar em tudo que ouve. É a frustração com a maneira antiga de fazer as coisas e a impaciência em testar algo novo.

O nosso provérbio trata de lavradores pobres. Eles têm muito alimento, pois trabalham numa atividade piedosa dia após dia, ano após ano. Mas existem outros homens que talvez nem tenham o suficiente para comer. O que aconteceu? Eles entregaram os seus ganhos a decisões insensatas! A lição aqui é a valorização do trabalho duro e a importância de uma sábia administração financeira.

O trabalho duro é uma lição fácil. O trabalho diligente em uma atividade necessária trará resultados, especialmente em se considerando alguma coisa como a agricultura. Pode ser um trabalho entediante quando comparado com outras atividades, mas funciona e tem funcionado ao longo de 6000 anos, desde que Caim e Abel criaram a primeira fazenda. Há muitos provérbios relacionados como o trabalho duro e a sua recompensa (Pv 6:6-11; 10:4-5,26; 12:24; 13:4; 14:4; 15:19; 18:9; 19:15,24; 20:4; 20:13; 21:25; 22:13,29; 24:30-34; 26:13-16; 27:18).

Juízo é discrição, prudência, sabedoria, entendimento e ceticismo. E um homem precisa ter muito juízo para evitar idéias vãs que roubarão seu trabalho produtivo e irá deixá-lo financeiramente pobre. Somente homens fortes, aqueles que têm bom juízo, conseguem reter riquezas. Salomão também deu muitos provérbios como alerta para a insensata administração financeira (Pv 11:16; 12:11; 13:11; 13:16; 14:15,23; 18:9; 21:17,20; 23:21; 27:23-27; 28:19). Veja os comentários de Provérbios 1:32; Pv 11:16; Pv 12:11; Pv 13:11; e Pv 13:16. Você não ficará desapontado.

Muitos homens desejam enriquecer, por isso eles são vulneráveis a programas de enriquecimentos rápidos. Quando alguém lhes oferece “independência financeira” e ter o seu próprio “negócio” eles efetuam o pagamento e assinam embaixo. Quando for conferir dez anos mais tarde, você descobre que fizeram isso várias vezes, sem qualquer lucro e a perda de muito tempo de lavrar o solo!

Muitos homens gostam de ler revistas de sucessos procurando uma “melhor forma de ganhar a vida”. Qualquer coisa é melhor do que o tedioso trabalho de uma fazenda! É claro, os geradores de revistas já estão no melhor negócio para eles. Eles escolheram ganhar a vida saqueando trouxas que vão ler, mensalmente, a respeito dos seus inventários de idéias vãs.

Quando o estado cria uma loteria, adivinhe quem está na fila para adquirir um bilhete? O homem que está cansado de lavrar a terra! Ele sonha como vai gastar os seus milhões. Ele ansiosamente tira “muito alimento” da sua labuta e o entrega ao estado sem chance de ganhar, projetado somente para trouxas. Os ricos ficam mais ricos e o pobre acaba ficando mais pobre!

Quando chega a época de caça e pesca, interferindo com a lavoura, adivinhe qual deles o preguiçoso vai escolher? É claro, o lazer! Afinal de contas ele precisa se divertir! Muito trabalho e nenhum lazer não tem graça! Ele não consegue olhar para frente e planejar um lazer após a safra; ele quer o prazer agora mesmo! Por aí se esvai uma parte do alimento de sua lavoura!

Quando um homem insensato tem uma boa colheita, ele toma emprestado de uma presumida boa colheita no ano seguinte e constrói maiores celeiros e adquire mais terras. Ele sonha em ser dono do município inteiro! Com o clima só um pouco mais desfavorável ele perde toda a fazenda, pois ele não tem condições de pagar o custo da dívida. Ele se sobrecarregou devido à falta de juízo e de discrição.

Outros homens quando obtém uma boa safra eles rapidamente aumentam os seus gastos com lazer e outros luxos. Quando os resultados da lavoura nos dois anos seguintes são inferiores ao normal, eles ficam apertados, pois gastaram o excedente ao invés de colocá-lo, com juros, no banco.

Outros são preguiçosos durante a safra e não conseguem recolher todo o resultado da lavoura no celeiro. Eles são procrastinadores e desperdiçadores. Ou tomam empréstimos em excesso às suas necessidades e sobrecarregam seus bens com dívidas excruciantes. Eles investem em esquemas suspeitos que devoram seu precioso capital. Ou então eles se tornam fiadores de terceiros e terminam por pagar as obrigações.

Mesmo tendo Deus dado a sabedoria agrícola logo depois do Éden (Gn 1:29; Is 28:23-29), e os homens a aperfeiçoaram ao longo de 6000 anos, os tolos, ansiosamente, ainda dão ouvidos a uma “nova idéia”. Não importa o fato de 99% de todas as novas idéias serem, na realidade, idéias que não deram certos. Eles não estão satisfeitos com retornos de 200%, 800% e 2000%! Nem tampouco conseguem aceitar que apenas aqueles abençoados por Deus são verdadeiramente criativos e inventivos. Recusam a dar ouvidos à antigos avisos repetidos para se aplicarem ao trabalho diligente e persistente nos métodos provados e verdadeiros.

Caro leitor, não existe almoços gratuitos! Até mesmo prestar ouvidos a pessoas que sugerem almoços gratuitos, ou lanches baratos, é perigosamente insensato. As vãs palavras deles gerarão descontentamento em você, cegando a sua noção de negócios. Você está demonstrando uma falta de juízo e seguindo as idéias especulativas e fraudulentas do sucesso financeiro deles que, logo, logo roubará muito alimento de sua lavoura. Fuja deles e, ao invés disso, mais um hectare de terra será lavrada!

Ceticismo é uma parte importante da sabedoria. Somente os símplices acreditam em tudo que ouvem (Pv 14:15) Somente os símplices olham de forma otimista para o futuro (Pv 22:3; 27:12). Otimismo não é uma virtude quando aplicada a negócios; pessimismo é financeiramente muito mais seguro e prudente.

Leitor cristão, quanto alimento existe na “lavoura” do seu pastor? Ele dá muito pão e carne para a sua alma? Quanto que você perdeu por falta de juízo por não reexaminar e aplicá-lo? Você já desperdiçou muito desse alimento deixando-o estragar?

O bondoso Senhor o abençoou com graça inferior ao do fazendeiro com os seus altos retornos? Ou será que Ele o abençoou com muito mais? O que você fez com essa graça? O seu dever é o de exercitar com diligência e juízo, em uso frutífero, a graça Dele e aumentar a sua “propriedade” espiritual com frutos de 30, 60 ou 100 vezes. Senhor, nos ajude.